Jorge Terra

26 de maio de 2021

O que é reconhecimento ?

       Reconhecimento é consideração. É valorização por contribuição aduzida ou por esforço empregado em área de atuação humana tida como relevante. Nesse sentido, ao lado do desenvolvimento e da justiça, o reconhecimento foi estabelecido como um dos pilares da década internacional dos afrodescendentes instituída pela Organização das Nações Unidas.

    Ocorre que, transcorridos em torno de seis anos e meio do início dessa década, o nível de reconhecimento da contribuição social, econômica e cultural da população negra no Brasil não parece ter se elevado. Não se pode dizer que houve por parte de governos, empresas e sociedade, planejamento, ação ou esforço transformador.

    Nesse quadro, constatável é a ineficácia de ser signatário de atos internacionais, de editar disposições constitucionais e legais sem atenção à concretude e sem legítimo interesse em ser efetivo.

    Aliás, oportuno registrar que reconhecimento é um problema que aflige a população negra em outra dimensão. Sim, há numerosos casos nos quais pessoas negras inocentes são reconhecidas como autoras de crimes, impondo-se-lhes as dores da injustiça, da responsabilização por atos não cometidos e da privação de liberdade.

    Não há a ilusão de que, nos três anos e meio restantes da década, ter-se-á a efetividade não observada em pouco mais de 60% dela. Pode-se dizer que deveria ter sido instituído comitê de monitoramento pela ONU; pode-se dizer que se deveria ter instituído sistema de avaliação; pode-se dizer que a ONU não foi tão incisiva quanto deveria ter sido. O que certamente deve-se dizer é que, no Brasil, não houve vontade alguma de se promover alterações institucionais, comportamentais, educacionais, culturais, sociais, políticas e jurídicas, pois a manutenção da situação vivenciada desde o final da escravatura, ou seja, a falsa hierarquia de raças e de culturas, interessa ao grupo que quase aniquilou os indígenas e comercializou os negros por longo período.

A conclusão inarredável é que, sem reconhecimento, não há reparação, desenvolvimento e justiça.

Jorge Terra.

26 de março de 2021

A xenofobia é um vírus

A XENOFOBIA É UM VÍRUS

A população imigrante contribui para “contrabalançar as contas públicas da Segurança Social” e não para aumentar a “subsidiodependência”.

Amílcar Correia

23 de Janeiro de 2021, 19:30

A xenofobia é um vírus repugnante que se propaga com base na mentira. O último relatório do Observatório das Migrações desfaz algumas delas como, por exemplo, o encargo do Estado com os imigrantes residentes em Portugal. As contribuições dos imigrantes para o sistema da Segurança Social cresceram 35% de 2018 para 2019. Ou seja, o Estado recebe mais em contribuições (955,5 milhões de euros) do que aquilo que gasta em apoios.

O que os dados demonstram é que a população imigrante, que tem vindo a crescer de forma constante nos últimos anos, e que em 2019 ultrapassou os 7% em relação ao total de residentes no país, contribui para “contrabalançar as contas públicas da Segurança Social” e não para aumentar a “subsidiodependência”. O contributo positivo dos imigrantes para o sistema não é de agora, como já tinha ficado patente nos relatórios elaborados por Roberto Carneiro a este propósito na década de 90. O Observatório das Migrações desfaz outro mito: em cada 100 contribuintes estrangeiros, há 28 que recebem prestações sociais, quando, em cada 100 contribuintes portugueses, há 50 a usufruir de apoio do Estado. Conclusão: o valor do saldo positivo de 2019 triplica o de 2013.

A economia precisa da demografia. Se o país depender apenas das suas taxas de fecundidade e de mortalidade, não teremos nem uma nem outra, como prevêem estudos que apontam para uma redução da população dos actuais 10,4 milhões para 7,8 milhões até 2060, com as inevitáveis consequências na sustentabilidade da Segurança Social, devido à descida irreversível da população activa e do aumento do número de idosos.

Mas a boa notícia do aumento do número de imigrantes no país, com um papel activo e contributivo, tem sempre um lado negativo: há muitos candidatos a uma autorização de residência no calvário da burocracia do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que são arrastados para uma penosa clandestinidade, e os que são oriundos de países exteriores à União Europeia são socialmente mais vulneráveis. Não só por auferirem salários mais baixos, mas também por existir entre estes uma maior incidência da taxa de desemprego e um maior risco de pobreza.

Nestes últimos anos, durante os quais o trumpismo inspirou réplicas por todo o lado, o imigrante voltou a transformar-se, como escrevia Donatella Di Cesare, no “intruso por excelência”. O que está bem longe de ser verdadeiro.

fonte: https://www.publico.pt/2021/01/23/sociedade/noticia/xenofobia-virus-1947646

25 de fevereiro de 2021

Así es como el racismo sistémico está frenando el progreso en todo el mundo

El racismo sistémico sigue siendo un problema mundial.
El racismo sistémico sigue siendo un problema mundial.Imagen: Unsplash

Joseph Losavio

  • El racismo sistémico ha obstaculizado el progreso económico y social desde la abolición de la trata de esclavos.
  • Países como los Estados Unidos, Francia y el Brasil siguen luchando con cuestiones relacionadas con la raza.
  • Se prevé que la brecha de riqueza entre los blancos y los negros estadounidenses le costará a la economía de los Estados Unidos entre 1 billón y 1,5 billones de dólares en consumo e inversiones perdidas entre 2019 y 2028.

George Floyd. Breonna Taylor. Ahmaud Arbery. Tres afroestadounidenses cuyas muertes recordaron al mundo que el racismo sistémico está todavía muy presente en Estados Unidos. Aunque desencadenadas por esas muertes, las protestas posteriores de principios de verano fueron manifestaciones de una ira y desesperación más profundas ante el racismo que invaden al país desde su fundación.

Cuando las protestas se extendieron por todo el mundo, muchos comenzaron a desplazar el foco de atención desde la solidaridad con los afroestadounidenses hacia la injusticia racial dentro de sus propios países. Adama Traoré. João Pedro Matos Pinto. David Dungay, Jr. Distintos nombres de distintos países, pero todos ellos víctimas cuya muerte ha forzado una revisión de la presencia global del racismo sistémico y ha sacado manifestantes a las calles para demandar mejoras.

Abogar por el fin del racismo, y una reparación por su legado, no solo es moralmente correcto, sino un estímulo al desarrollo económico. Continuar negando la existencia del racismo y oponerse a afrontarlo conducirá a un mundo menos dinámico, menos unido y menos próspero.

El nacimiento de una nación

Estados Unidos, una nación multirracial desde su independencia, ha tenido dificultades para superar la esclavitud, a la que muchos se refieren como su “pecado original”, y la discriminación racial de jure y de facto posterior a su abolición. El racismo sistémico sigue siendo un lastre para Estados Unidos, y son los afroestadounidenses quienes se han llevado la peor parte de su legado.

El racismo en los departamentos de policía local de Estados Unidos es un problema arraigado. De acuerdo con un estudio realizado por The Washington Post y The Guardian, los afroestadounidenses tienen una probabilidad dos veces superior que los blancos de morir a manos de la policía estando desarmados. Aunque esta es una de las formas de racismo sistémico más conocidas, el problema es mucho más profundo.

Por ejemplo, el racismo está muy extendido en el ámbito de la medicina. En 2016, la Academia Nacional de Ciencias de Estados Unidos constató que el 29% de los estudiantes blancos estadounidenses de primer año de medicina pensaba que la sangre de las personas negras coagulaba con mayor rapidez que la sangre de las personas blancas, y el 21% creía que los sistemas inmunitarios de las personas negras eran más fuertes. Esta confusión suele conllevar una asistencia preventiva inadecuada y un nivel de tratamiento inferior, lo que da lugar, en general, a peores resultados sanitarios entre la población negra que entre la blanca. Un estudio publicado por la Asociación Estadounidense de Cardiología concluyó que las ideas médicas racistas contribuyen a que, en Estados Unidos, las mujeres negras tengan una probabilidad un tercio mayor que las mujeres blancas de morir de una cardiopatía.

Durante décadas, el racismo ha limitado el progreso económico de los afroestadounidenses. Las prestaciones de la Ley del Soldado (G.I. Bill) tras la Segunda Guerra Mundial, que alimentaron el crecimiento de la clase media estadounidense, se negaron en gran medida a las personas negras por la insistencia de los miembros blancos del Congreso procedentes del Sur, desesperados por aplicar la segregación racial, se tratara o no de héroes de guerra. Las prácticas discriminatorias de la Administración Federal de la Vivienda, que prohibía asegurar las hipotecas en los barrios de población negra, dejó a los afroestadounidenses sin la posibilidad de adquirir una vivienda, una de las vías más comunes de acumulación de riqueza. Estos factores jugaron un importante papel en la persistente brecha de riqueza entre negros y blancos. De acuerdo con un informe de McKinsey de 2019, la riqueza de una familia negra promedio es 10 veces inferior a la riqueza de una familia blanca promedio.

Libertad, igualdad y fraternidad, ¿para quién?

Muchos otros países, como Francia, experimentan un racismo igualmente arraigado, aun cuando la mitología nacional del país afirme categóricamente que es una sociedad no racista. El gobierno no recopila en su censo estadísticas sobre creencias religiosas, origen étnico o color de piel. Esta visión universalista enmascara el racismo contemporáneo resultante de atrocidades históricas. Al igual que en muchos países europeos, el papel de Francia en la perpetuación de la esclavitud colonial por motivos de raza en las Américas suele estar mal entendido, lo que da lugar a la creencia de que el racismo es un problema del nuevo mundo, y no del viejo mundo.

Como Maboula Soumahoro, especialista en estudios sobre la diáspora africana de la Universidad de Tours, afirmó en France 24: “la esclavitud era ilegal en el continente, por lo que los franceses tienen la impresión de que esta historia “hiperracializada” que caracteriza al mundo moderno solo concierne a las Américas”, y añade que “Francia no está exenta de prejuicios racistas. Francia piensa que no es racista”. Esta negación frente a la cuestión racial, y la política oficial que se deriva de ella, hace que el país no esté preparado para abordar el problema del racismo sistémico.

Puede que la actuación policial en Francia sea menos letal que en Estados Unidos, pero la violencia y la discriminación se dirigen mucho más hacia las minorías raciales que hacia los franceses que son blancos. Los jóvenes negros o árabes tienen una probabilidad 20 veces superior de tener que someterse a controles de identidad. El 20% de los jóvenes franceses negros o árabes afirmaron haber sido víctimas de brutalidad en sus interacciones más recientes con la policía, muy por encima del 8% de los jóvenes blancos.

Sin embargo, al igual que en Estados Unidos, este racismo sistémico va mucho más allá del tratamiento policial. En un país en el que la religión suele estar muy relacionada con la raza, los hombres que son considerados musulmanes por los empleadores tienen una probabilidad hasta cuatro veces inferior de conseguir una entrevista de trabajo que los candidatos vistos como cristianos, según el centro de estudios Institut Montaigne (Valfort, 2015). Un estudio de 2018 de la Universidad de Paris-Est Créteil concluía que los solicitantes de empleo con nombres árabes obtenían un 25% menos de respuestas que quienes tenían nombres franceses.

¿Democracia racial, o racista?

Las ideas de Brasil sobre el racismo también están muy arraigadas en su propia percepción nacional. Para muchos, el país es una “democracia racial”, que se origina en la creencia de que Brasil realizó una transición directa desde la abolición de la esclavitud en 1888 (el último país del hemisferio occidental en hacerlo) hacia una democracia participativa y multirracial, evitando la discriminación consagrada en la legislación de países como Estados Unidos y Sudáfrica. En la mente de muchos brasileños, en Brasil no existe ni racismo ni discriminación. Después de todo, Brasil nunca aprobó leyes como las leyes Jim Crow de segregación o el apartheid, ¿cómo puede entonces ser racista?

Aun así, en un país donde las personas con ascendencia total o parcialmente africana son mayoría, los negros en Brasil están muy lejos de los blancos en los principales indicadores de calidad de vida. Los brasileños negros tienen un nivel educativo mucho peor. Por ejemplo, en 2012, menos del 13% de los afrobrasileños mayores de 16 años habían recibido educación postsecundaria, un nivel 15 puntos inferior al de los blancos (Pereira, 2016).

Algunos atribuyen este hecho a diferencias de clase, no a la raza; sin embargo, un estudio concluye que, dentro de parejas de mellizos brasileños procedentes del mismo hogar en los que uno había sido identificado como blanco y el otro como no blanco, el mellizo no blanco tenía una desventaja perceptible en el nivel educativo alcanzado, en especial si el mellizo era varón (Marteleto y Dondero, 2016).

Los brasileños negros también se llevan la peor parte de la violencia a manos de las fuerzas de seguridad. En 2018, 6.220 personas murieron a manos de la policía en Brasil, el 75% de las cuales eran de raza negra, pese a que la población negra constituye alrededor de la mitad de la población nacional (Sakamoto, 2019).

Una sociedad menos racista puede ser una sociedad más fuerte desde el punto de vista económico.

Estos factores sistémicos tienen consecuencias socioeconómicas generalizadas. Un estudio del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística concluyó, en 2019, que el ingreso promedio de los trabajadores blancos era un 74% mayor que el de los trabajadores negros y mulatos, una brecha que ha permanecido estable durante años. Incluso con el mismo nivel educativo, los ingresos de los hombres afrobrasileños eran solo el 70% de lo que ganaban los hombres blancos comparables, y el de las mujeres afrobrasileñas, solo el 41%.

Los costos económicos

El racismo sistémico es un problema global. Es real y existe una razón moral sólida para abordar el problema. De todos modos, un factor que suele ignorarse en este debate crítico es la dimensión económica más amplia. Debido a que impide que las personas puedan sacar el máximo provecho de su potencial económico, el racismo sistémico tiene importantes costos económicos. Una sociedad menos racista puede ser una sociedad más fuerte desde el punto de vista económico.

Por ejemplo, se estima que, entre 2019 y 2028, la brecha de riqueza entre estadounidenses blancos y negros tendrá un costo para la economía del país de entre USD 1 billón y USD 1,5 billones en consumo e inversiones no realizadas. Se prevé que esto se traduzca en una penalización para el PIB de entre 4% y 6% en 2028 (Noel et al., 2019).

O pensemos en Francia, donde el PIB podría aumentar un 1,5% en los próximos 20 años —un complemento económico extraordinario de USD 3.600 millones— si se redujeran las brechas raciales en el acceso al empleo, la jornada de trabajo y la educación (BonMaury et al., 2016). Fijémonos también en Brasil, que está perdiendo grandes sumas en consumo e inversión potenciales debido a sus comunidades marginadas.

Una lacra mundial

Por supuesto, estos tres países no son los únicos que sufren el racismo y sus nocivos efectos económicos y sociales y donde es necesario un reconocimiento más amplio de su existencia.

Por ejemplo, en un sondeo realizado entre australianos tras las protestas desencadenadas por la muerte de George Floyd, el 78% de los encuestados dijo que las autoridades estadounidenses no habían querido abordar el problema del racismo. Solo el 30% creía que había racismo institucional en las fuerzas policiales australianas. Esta idea contradice tanto la experiencia vivida en particular por los indígenas australianos como el costo de AUS 44.900 millones que el Instituto Alfred Deakin adjudica al racismo en Australia entre 2001 y 2011.

Mientras tanto, varios incidentes racistas en China contra inmigrantes africanos ponen en peligro la lucrativa relación comercial y de inversión entre China y África. Según Yaqiu Wang, investigador de Human Rights Watch, se trata de otro caso de negación de la discriminación, “en el que las autoridades chinas afirman que existe una ‘tolerancia cero’ frente a la discriminación, aunque lo que están haciendo con los africanos en Guangzhou es precisamente un caso de libro de texto”.

Los países no deben tratar de abordar el problema del racismo solo porque contribuirá a su desarrollo económico. Es una deuda con sus propios ciudadanos. Sin embargo, el mundo debe entender que el compromiso con el respeto de los derechos humanos y la equidad racial no debe ser una declaración pasiva de valores. Debe ser un llamamiento a la acción, respaldado por medidas efectivas para reconocer, entender, cuantificar y erradicar el racismo sistémico. El mundo se encuentra en un punto de inflexión, y de nuestras autoridades depende estar a la altura de las circunstancias. Si no, el racismo seguirá suponiendo un costo para todos nosotros.

FONTE: Fundo monetário internacional e Forum econômico mundial

26 de abril de 2011

multiculturalismo canadense

O multiculturalismo Canadense.

A base de um Canadá multicultural remonta ao princípio da sua história. A sociedade aborígene era multicultural e multilingual. Os primeiros exploradores franceses e ingleses que chegaram ao Canadá nos séculos XVI e XVII integraram-se com as Primeiras Nações a fim de construir uma herança canadense única. Durante as últimas décadas do século XIX e no limiar do século XX, muitos povos do leste e do norte europeu imigraram para o Canadá em busca de terra e liberdade. Neste mesmo período, um grande número de chineses e sul-asiáticos também chegaram ao Canadá para trabalhar em minas, ferrovias ou em indústrias de serviços. Povos do mundo todo estabeleceram-se no Canadá, tornando-o um país verdadeiramente multicultural. Em 1991, mais de 11 milhões de canadenses (inclusive os aborígenes), ou 42% da população do país, declararam ter pelo menos alguma outra origem étnica que não fosse a inglesa ou a francesa. Entre os maiores grupos estão os alemães, os italianos, os ucranianos, os holandeses, os poloneses, os chineses, os sul-asiáticos, os judeus, os caribenhos, os portugueses e os escandinavos. Educação O sistema de ensino canadense teve de ser criativo no sentido de corresponder à diversidade cultural do povo. Mais de 60 línguas são faladas por mais de 70 grupos étnicos espalhados pelo país. Muitas escolas têm alunos de mais de 20 etnias. Em Toronto e Vancouver, mais da metade dos alunos de escolas públicas falam outra língua além do inglês ou francês. Os programas de ensino multiculturais e anti-racistas desafiam o sistema educacional em todos os níveis a se adaptar à diversidade da população, assegurando igualdade e abrangência. Nas escolas, os professores conduzem os alunos a um entendimento e apreciação de outras culturas. A instrução da “língua-herança” é acessível em muitas comunidades e, em algumas províncias e comunidades, as escolas as ensinam. O governo federal financia projetos designados a promover abordagens inovadoras ao ensino dessas “línguas-heranças” e também apóia o desenvolvimento dos recursos canadenses, habilidade e materiais didáticos para as escolas de ensino de “língua-herança”. Além disso, o Governo tem programas destinados a promoção da mudança institucional do sistema de ensino, pesquisa multicultural e de história das etnias e outras fontes documentárias, e também ao desenvolvimento de cursos e a criação de disciplinas de estudo sobre multiculturalismo nas universidades canadenses. A mídia Ativos há mais de 80 anos, os jornais étnicos florescem por todo o país. Só em Toronto, há mais de 100 publicações diárias, semanas, mensais ou quinzenais em língua nativa. Mais de 40 culturas estão representadas na imprensa de minorias étnicas canadenses, e muitas dessas publicações são de circulação nacional. A transmissão de programas de rádio e televisão voltados à minorias étnicas também tem prosperado no Canadá. Nove estações de rádio em cinco cidades destinam uma grande parcela da sua programação semanal a grupos étnicos, notadamente italianos, ucranianos, alemães, gregos, portugueses e chineses. Toronto possui um canal de televisão étnico de tempo integral. Três serviços de TV especiais são licenciados e mais de 60 estações de rádio incluem programas étnicos nas suas programações. Várias companhias de TV a cabo possuem programações em uma grande variedade de línguas. O Ato de Radiodifusão e Televisão do Canadá, que obteve anuência real em 1991, cultuava o conceito de acesso à informação pelas minorias. A legislação afirma que o sistema de radiodifusão e transmissão de programas de TV deve, através de seus programas e todas oportunidades de emprego emergindo das suas operações, atender às necessidades de uma sociedade diversificada e refletir a natureza multicultural do Canadá. O comércio A diversidade canadense é cada vez mais reconhecida como uma vantagem tanto no mercado doméstico como no internacional, e também como um importante fator contribuidor para a prosperidade da economia do país. Os que lá chegaram como imigrantes ganharam reconhecimento internacional no mundo dos negócios e continuaram a contribuir para a riqueza do Canadá. De acordo com os dados compilados pelo Departamento de Herança Canadense: Em 1988, eles trouxeram cerca de $ 6 bilhões para o Canadá; São 50% mais propensos ao trabalho autônomo do que os outros canadenses; Poupam mais, conseqüentemente empregam o fundo de investimento disponível no país; Tendem a consumir menos em setores públicos e poucos recebem amparo social; Os imigrantes têm renda maior que a média e salários mais altos, logo, pagam mais impostos. Como resultado dessas contribuições, uma família normal de imigrantes transfere efetivamente cerca de $ 210 ao ano para a população nascida no Canadá. Ciente das oportunidades potenciais da diversidade cultural no mundo dos negócios, a Câmara de Comércio Canadense interage com as organizações de comércio internacionais. O Banco de Desenvolvimento Comercial Federal do Governo consulta regularmente as associações de comércio étnico-culturais dos grandes centros. O Departamento de Herança Canadense publicou um diretório de contato sobre assuntos comerciais, domésticos e internacionais para negócios e governos que desejam trabalhar em rede com a comunidade de comércio étnico-cultural canadense. As artes Os artistas com origens em todas as partes do mundo enriquecem o cenário cultural canadense atual. Por exemplo, um número cada vez maior de pessoas de várias origens étnico-culturais têm recebido reconhecimento nacional e internacional, inclusive os prêmios Governador Geral e Booker. Do mesmo mesmo modo, canadenses de diversas origens étnico-culturais têm feito significativas contribuições aos filmes, vídeos, representações e artes plásticas do Canadá. Programas multiculturais Organizações comunitárias e associações, assim como instituições, desempenham um papel muito importante na promoção de igualdade, entendimento entre culturas e espírito cívico. Seus esforços, apoiados pelos programas multiculturais do Governo, fornecem ajuda financeira e conselhos às comunidades étnico-culturais, às agências servindo imigrantes, grupos femininos de imigrantes e associações raciais, entre outros, assim como às instituições canadenses e, em alguns casos a indivíduos. Serviços destinados à primeira geração de canadenses (cidadãos nascidos em outros lugares), fornecendo informação sobre o Canad, representam uma grande parte dos muitos programas comunitários. Em parceria com o governo canadense, várias instituições, inclusive a polícia; a mídia; serviços de saúde e sociais, uniões e governos municipais; também participam dos programas de ensino destinados a melhorar as relações raciais e a ajudar as pessoas a se adaptarem à diversidade cultural. Leis e políticas Embora a história do Canadá relate exemplos de injustiças em relação às minorias, os cidadãos canadenses, as instituições e governos estão trabalhando ativamente no sentido de eliminar estas discriminações. A fim de permitir que todos os membros da sociedade canadense exerçam totalmente e com igualdade os seus direitos de cidadania, responsabilidades e privilégios, o Canadá desenvolveu programas e leis concretas e avançadas. Em julho de 1988, o Governo do Canadá reconheceu e prestou homenagem à face mutante do país em uma legislação desbravadora, o Ato de Multiculturalismo do Canadá. O Ato declara que todo cidadão, não importando a sua origem, tem chances iguais de participação em todos os aspectos da vida coletiva do país. A legislação se destina a “encorajar” e assistir as instituições sociais, culturais, econômicas e políticas do Canadá a serem tanto respeitosas e como abrangentes em relação ao caráter multicultural do Canadá. O Ato também deu ao governo a responsabilidade de promover o multiculturalismo através de seus departamentos e agências. O Ato de Multiculturalismo do Canadá é o resultado de uma série de desenvolvimentos ao longo das duas últimas décadas: Quando o multiculturalismo se tornou política oficial do governo, em 1971, um modesto programa de subvenção foi estabelecido a fim de assistir os grupos comunitários, associações, redes de apoio aos imigrantes e grupos de defesa da cidadania. Em 1972, foi nomeado um ministro de estado para o multiculturalismo. Em 1972, o Ato de Direitos Humanos dos Canadenses foi aprovado. Ele prevê salvaguarda legal contra discriminação baseada em vários itens, inclusive raça, origem nacional ou étnica, cor, religião ou sexo. Em 1981, o mandato de multiculturalismo foi expandido a fim de incluir relações raciais. Em 1982, o multiculturalismo e os direitos de igualdade foram cultuados na Carta de Direitos e Liberdades da Constituição Canadense. Em 1986, a legislação de igualdade de empregos foi aprovada. Em 1989, o Governo lançou uma campanha anual anti-racismo. Assim como o governo federal, desde 1971, a maioria das províncias estabeleceu suas próprias políticas e programas formais de multiculturalismo. Compromisso O compromisso do Canadá com o multiculturalismo significa mais do que palavras sobre o papel ou leis no Parlamento. O multiculturalismo é tecido dentro da vida canadense. Ao reconhecer o multiculturalismo como uma característica fundamental da identidade e herança nacional, os canadenses de todas as raças e origens têm a chance de contribuir para as metas comuns de igualdade, unidade nacional, harmonia social e prosperidade econômica.

fonte: Governo do Canadá http://www.canadainternational.gc.ca/brazil-bresil/about_a-propos/culture.aspx?lang=por

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